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tudo que eu viva, possa viver muito.
e tudo que eu sonhe, possa realizar sempre,
e tudo que eu queira, possa ter o tempo todo,
que você também me queira, porque sou seu…

inteiro e todo.

me conta sobre seu sonho estranho
coloca uma música doce pra tocar
diz que não sabe, de seu amor, qual o tamanho
que quer correr, e é culpa do medo de se apaixonar

me leva para aquela praça antiga
grita que quer passar a noite inteira assim, do lado
confidencia que sempre quis ser mais do que amiga
que espera que nunca nada dê errado

me convida pra fugir depois do primeiro raio de sol
pega na minha mão, diz que quer sentir tudo o tempo todo
pede pra trocar de música, que não é mais hora de ouvir rock n’ roll
explica que de alguma maneira, mesmo se distantes, estaremos sempre juntos, de algum modo

olha com olhos de caleidoscópio as flores de celofane verde e amarelo que fiz
abre uma cerveja, deita no tapete da sala e me faz te amar
sai e volta correndo, gargalhando por ter escapado da chuva por um triz
beija minha boca, diz no meu ouvido que nunca mais quer chorar…

e ri.

Dia morno, o sol despejava raios preguiçosos por toda a casa, a grama tinha tons verdes mastigados e ela corria, uma versão Lola brasileira, alucinada, longos e noturnos cabelos,  jeans,  all-star, já não ficava claro qual era a banda da sua camiseta branca. Enxergava só a casa, via lembranças da infância e tinha medo do “quando a gente morre passa um filme”.

Mais alguns passos e a calçada, um grito, pessoas. Ela precisava encontrar aquelas pessoas, sabiam tudo sobre ela, seus sonhos, frustrações, eram carne. Iriam ajudá-la, isso é certo. E o fizeram.

Eram dois buracos. Dois Tiros ? Se eram, eram dois, mas isso não importava, eles sabiam o que fazer. Como que guiados de dentro pra fora, sem toque, saíram. E eram dois parafusos o que havia dentro dela.

Não sei se era medo ou desespero. Mas ela continuou, correu e entrou na casa em frente, havia um salão imenso, ela atravessou, subiu as escadas, gritando calada, abriu a porta do quarto sabendo exatamente o que queria, deitou-se ao lado da janela, o vento balançava as cortinas que ao passarem pelo seu corpo manchavam-se de sangue, já não tinha nada, apenas sangue, olhou pro lado e sorriu. Recostou a cabeça no meu peito, olhou um longo tempo nos meus olhos e dormiu.

o que é saudade comparado à sensação que tenho agora?
A sua inevitável ausência em meus braços,
a falta que fazem seus lábios nos meus,
seu jeito inseguro, seu sonho maduro, nossos passeios noturnos…
Já vivi, já senti coisas parecidas assim, mas nada tão forte…
nada tão simples e nunca tão leve.
E te levo, te levo comigo. Bem dentro, inteira.
Em cada esquina que dobro, em cada canto que canto.
Nos sonhos que acordo querendo mais sonhos,
Te quero, te prezo, te espero.
Todo dia um dia a mais, todo dia um dia a menos.
Te peço, apenas seja você e, se puder, também seja minha.