Arquivo da categoria ‘No one knows’

não me (h)ouve?

Publicado: 17/08/2012 em No one knows
Tags:

não me ouve ou não me houve?

refém

Publicado: 17/05/2012 em No one knows
Tags:,

Como se corresse, corresse muito, sem sair do lugar
E voasse, voasse alto, sem tirar os pés do chão
Ouvia baixinho, quase sussurro, quase sussurros…
Impeliam e impediam, nunca menos, nunca demais.

Boas notícias, sim, eram boas notícias naquele recado
Ainda que simples, bem simples, sempre sinceras
Traziam lembranças, saudades dos planos,
Dos tapas, dos trapos, e da dor do coração em farrapos

Game over salvo, volta o tape
Sem sentido, sem sentido
Imagens sobrepondo-se, uma a uma em cores diferentes
Vejo dragões pegando fogo.

agora ou já

Publicado: 17/05/2012 em No one knows

Preciso te dizer tudo agora!
Antes que perca as palavras
Antes que me perca entre as palavras
Antes que elas percam o sentido
Antes que o mundo acabe
E que se acabe meu improviso

tudo que eu viva, possa viver muito.
e tudo que eu sonhe, possa realizar sempre,
e tudo que eu queira, possa ter o tempo todo,
que você também me queira, porque sou seu…

inteiro e todo.

citações

Publicado: 05/09/2011 em No one knows
Tags:
“Que ninguém diga Eu Amo sem estar
certo do quanto é necessário para alimentar
uma partícula arruinada, um fio de cabelo
que joga uma sombra no universo inteiro”.

W.H. Auden

eu sinto

Publicado: 29/08/2011 em No one knows
Tags:, , , , , ,

Todas as coisas que disseste
ecoam dentro de mim e não me deixam dormir.
Ainda que eu tente não mostrar
Eu sinto sim, eu sinto muito

queria escrever coisas cruas, desenhar mulheres nuas, cabelos não curtos, nem compridos, queria fazer valer a pena o tempo todo sem ter que esperar os dias alegres chegarem. Não queria mais matar o tempo pensando em coisas que provavelmente me matariam de fome, como saudade ou beijo na boca. Não vou mais pensar na dor das coisas que não voltam mais. O mesmo chão que agora sinto me deixa em pé o tempo todo, sempre mais forte, sempre melhor. A solidão me abriga em toda esquina.  Lembranças de extratos bancários do ano passado, amassados pelo tempo, as letras que nos ligavam como sujeito e verbo de uma mesma frase conjugada no pretérito imperfeito desapareceram.

Lágrimas caídas em camas diferentes.

[na vitrola : Você não entende nada/Cotidiano – Chico e Caetano (ao morto)]

1 de julho

Publicado: 01/07/2011 em No one knows

Só pra registrar

Plantei uma árvore na sede da Via Brasil TV – Record News, um Ipê Amarelo.
Já tenho um filho, plantei uma árvore (que espero que vingue), falta escrever um livro.

Um dia eu chego lá.

#8

Publicado: 24/07/2010 em No one knows
nem toda poesia é saudade,
mas toda saudade é poesia.

todo dia inteiro

Publicado: 07/04/2010 em No one knows
Tags:,

só queria,
todo dia,
seus quereres,
todos eles,
sobre mim,
bem devagar… e fim.

vontades incontidas por entre coisas não resolvidas
complica-se o viver quando as coisas não são ditas
ou, se, por mais medo que coragem, são mal ditas
acabam abafadas, vividas pela metade.

perdidas…

escuro, escuro… era um andar escuro, andar de trovador
andar inteiro, todo tomado e todo vazio.
sabia de cór, de coração, todos os buracos que havia cavado na noite.
Ainda que a vida seja mais leve do que se pesa,
o sonho mais longo do que sono e o sono mais leve que o pernilongo.
A madrugada, cedo ou tarde, acabará, talvez nem vejamos céus de baunilha.
pela manhã seríamos pó, porções soltas no universo teimando em se juntar.
Escrevo em saliva usando a ponta da língua, na sua barriga, os segredos que não digo.
quero seus quereres todos sobre mim,
pra ir pro infinito é preciso o primeiro passo, que também é o mais difícil.
as coisas não precisam, necessariamente de um fim, mas sempre acabam.

nouvelle

Publicado: 22/02/2010 em No one knows
Tags:, , , , ,

com o passar dos dias a dor diminui e as lembranças ficam mais suaves e mais doces.
nem todas as histórias que você ouvirá serão bonitas, a  beleza não é parte integrante do que há e, na verdade, nem é essencial.
não basta só lembrar, é preciso continuar vivendo.
ainda que viver mais signifique também, em algum momento, sofrer mais,
viver mais também é ainda rir, até disso e de outras coisas.
é descobrir, crescer, correr, adormecer, anoitecer e amanhecer.
e, claro, também morrer, dessa não há fuga, só encontro.
espero me atrasar pra esse, o derradeiro.
Antes dele quero encontrar o sol que vem depois da chuva,
tenho milhares de coisas para contar,
histórias tristes, finais infelizes, histórias humanas,
não conto faz-de-conta, só quero saber do que é passível de existir.
prefiro a firme dor do que há do que o breve sonho do que nunca será.

what am I to you

Publicado: 09/02/2010 em No one knows

há de se ser leve como aquelas flores que a gente sopra no ar e elas voam.
as sensações não somem, as palavras é que mudam!
o cheiro inebria o olfato, entorpece calado…
o cabelo, preso entre os dedos, desobedece o ritmo da música ao fundo.
e as mãos buscam, em vão, algo que jamais encontram…
daí a gente sente, sozinho, toda aquela dor que dói quietinha o que a alma esconde.
vontades de contra-mão mais rápidas que autoramas e a gente acelerando.

Medo e coragem

Publicado: 22/01/2010 em No one knows
Tags:,

“Eu tenho visto os mesmos dias,
as mesmas ruas, edifícios.
E não é fácil perceber isso,
não sinto dor nem alegria.
Uma vontade de chorar…
A mesma chuva que não molha
Eu tenho sono e não durmo mais…”
(Dan Nakagawa)