Acometido por uma forte insônia pungente, sigo
Como se flutuasse ao ponto de nada tocar.
Nem o chão, nem as estrelas
Diferente de outras noites do passado
Não há torpor, não há terror
Há apenas tudo o que não sou
E também tudo o que já fui
A incerteza do que vem a seguir
E a certeza de que não há mais tanta asneira, nem amoras.
Só o silêncio quebrado pelos pássaros cantando
O movimento dos ponteiros que raiam o dia
E a doce segurança de estar só
E, por assim dizer, melhor.

comentários
  1. roscele disse:

    gostei muito… “Não há torpor, não há terror
    Há apenas tudo o que não sou
    E também tudo o que já fui”. Todos são um pouco madrugada, falta de sono e dia raiando, né?! Acho que podemos apreciar a hora mais bonita do dia: 5 da manhã. parece que o céu fica em dúvida…não sabe se é dia ou noite. O céu claro e com estrelas e lua, tão mágico!

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